9 de Julho, 2021

Sempre insatisfeito: onde anda a felicidade?

Por Cristina Valente

Por que razão tantos adultos – supostamente com todas as condições para serem felizes – não o conseguem ser?! Por outro lado, por que razão tantos adultos parecem felizes e otimistas apesar da pobreza, doença, ou mesmo de tragédias que tenham vivido – como a de perder um filho, uma perna ou a liberdade financeira?!

A resposta chama-se “programação”. Todos nós somos programados desde que nascemos. A felicidade não tem pois a ver com as circunstâncias, mas sim com a forma como nos programam. Somos ensinados, inconscientemente, a sermos felizes ou infelizes. Os nossos pais ensinam-nos uma coisa…ou outra! Eles acabam, sem saber, por programar-nos inconscientemente, “hipnotizando-nos” para que não gostemos assim tanto de nós mesmos e causando-nos problemas na infância e na idade adulta. Repito: não o fazem de forma consciente! Mas a verdade é que, como consequência, vamos fazendo escolhas erradas, baseadas nessas crenças enviesadas e negativas sobre nós próprios…

Temos uma ideia de hipnose que nos causa a todos um certo fascínio, mas que é redutora: alguém deitado num divã e um “manipulador” oficial sentado à sua frente dando-lhe ordens que ele cumpre sem reflectir. Hipnose não tem nada que ver com essa imagem! Hipnose significa a programação que fazemos (ou fazem!) às nossas mentes!

A hipnose acontece todos os dias, a toda a hora, sempre que usam determinados padrões de linguagem connosco, sejamos crianças ou adultos! Somos hipnotizados diariamente para sermos felizes…ou infelizes!

Como? Através das notícias que ouvimos (ou não ouvimos!), das pessoas que nos rodeiam, dos livros que lemos e das músicas que ouvimos. Dos locais por onde passeamos, do tempo que dormimos…enfim…do nosso estilo de vida.

As crenças – positivas ou negativas – que vamos desenvolvendo, programam as nossas mentes e duram uma vida inteira! Trata-se de uma espécie de selo inconsciente que passa através das gerações. As crenças são como sementes, ficam na mente a germinar, acabando por moldar a nossa autoimagem. Eventualmente tornar-se-ão parte da nossa personalidade.

Caso não tenha uma personalidade naturalmente feliz, saiba a partir de agora que a pode reprogramar!