Num livro sobre a ciência da felicidade do economista Richard Layard, dos sete factores que contribuem para a felicidade, um deles é o dinheiro. Não propriamente “ter dinheiro” mas sim a forma “como se escolhe gastá-lo”.
Cada vez mais se diz o que as pessoas “devem comprar” e “em que lojas podem comprar”! Porém, essas mensagens são um perigo para a Felicidade! Quando decidir escolher “liberdade” pela via de “possuir menos”, quebrará o controlo que a sociedade e o marketing (conhecido também pela “indústria da infelicidade”) tem sobre si. E, como que por magia, passará a sentir-se livre para usar o seu dinheiro e para perseguir sonhos e metas com bastante mais significado e propósito do que os sonhos que estão nas lojas!
Viver com mais propósito e de uma forma financeiramente mais interessante passa por simplificar: ser mais frugal não significa ser mais barato! Frugal é um adjectivo que significa “aquilo que é comedido, simples”. Alguém que é prudente e inteligente no uso dos recursos (água, comida, dinheiro, luz, etc.), evitando o desperdício.
Viver de forma simples custa menos. Ao ter menos, gasta menos. Ao gastar menos, fica mais abastado. Pensa-se que o segredo para a Felicidade é ganhar mais. Não é. Quando se ganham mais, tende-se a gastar mais. O segredo é mesmo…gastar menos. Ter mais controlo sobre a sua vida financeira impacte de forma profunda no clima emocional do seu local de trabalho e da sua família!
Exercício: Como avaliar o custo total das suas compras?
Normalmente quando compra algo para a sua casa, para si ou para os seus filhos, olha apenas para o preço da etiqueta. Mas esse valor raramente representa o custo total de determinado bem. Existem sempre outros custos, ocultos, consoante o que compra. Como, por exemplo:
- Custo em € do m2 para guardar o que compra (brinquedos, equipamentos desportivos, livros, móveis, etc.);
- Custo em € dos locais (obras e remodelações) e objectos (caixas, estantes, etc.) para guardar a sua tralha e a da sua família;
- Custo, em horas, a organizar/limpar, tempo que poderia ser gasto a ser mais Feliz ou, por exemplo, a confecionar comida em vez de comprá-la já pronta (e, portanto, mais cara!);
- Custo em €, da electricidade gasta com smartphones, brinquedos tecnológicos, televisão (já que parte do valor da factura está relacionada com o carregamento de baterias e equipamentos em modo stand by);
- Custo em €, de coimas, juros de mora, etc. de facturas pagas em atraso pelo facto de se terem perdido na confusão da sala/cozinha/escritório;
- Custo, em horas, na procura de objectos perdidos na confusão da casa!
Enfim, viver de forma simples traz mais liberdade, menos stress, mais tempo, mais Felicidade!
E, já agora, o modo como se gasta o dinheiro significa mais do que a quantia – uma dessas formas é ser-se generoso com os outros. Ajudá-los a resolver os seus problemas ajuda-o a si a afastar-se das suas preocupações e costuma ser fonte de Felicidade e bem-estar emocional.
Sobre o autor
Formada em Psicologia pelo I.S.P.A. e em Programação Neuro-Linguística (PNL), Hipnose Clínica e Renascimento Integrativo pelo INEXH - Instituto Nacional de Excelência Humana (São Paulo, Brasil), de que é representante em Portugal. » Linkedin